domingo, 18 de janeiro de 2015

O ROUBO DAS TEMPESTADES



O ROUBO DAS TEMPESTADES.


Num Oasis muito pequeno perdido em um imenso deserto nasceu Jamil. Possuidor de uma inteligência privilegiada, na verdade era um gênio.
Assim que entrou na adolescência foi estudar em Países desenvolvidos tornando-se doutor e, com a aplicação do dinheiro que ganhava ficou milionário.
Preocupado com seu povo e com os demais povos abandonados do deserto começou a pesquisar uma maneira de levar água para aquela distante região. Estudou muito e descobriu que não se tratava de falta de ventos, estes eram abundantes e revoltos. Concluiu que era o eletromagnetismo, que ausente não atraia as nuvens.
Conclusão assumida, fez um reator eletromagnético no trajeto do vento perto do Oasis e do seu povoado. A conclusão foi correta, começou a chover três vezes por semana.
A chuva no deserto, onde a areia mineral não tem matérias orgânicas não permitia a agricultura. Como vida se alimenta de vida, não importa se viva ou morta, havia necessidade de colocar matéria viva na área das chuvas, uma grande área, por sinal.
Por meio de associações de defesa ecológica, conseguiu transportar para a região as folhas caídas no outono das regiões do outro lado do mar. A colocação da matéria em decomposição, mais a água do invento permitia a agricultura. Nesta época a região já possuía inúmeras cisternas para abastecimento e duas represas suficientes para a lavoura, isto aproveitando as irregularidades do terreno.
A lavoura foi um sucesso. Duas colheitas ao ano. Além de abastecer a comunidade, iniciar a criação de vacas leiteiras para melhorar a alimentação de seu povo, ainda tinha importante excedente.
Começou a comerciar o milho e a soja das colheitas com os povos da vizinhança, por um preço razoável, com um lucro honesto, ajudando a minorar a penúria das pessoas abandonadas ao clima e ignoradas pela sociedade desenvolvida.
A Bolsa de Mercadorias de Futuro nas Metrópoles sentiu a concorrência e apresentou pequena queda nos dois itens, a saber: milho e soja. A queda realmente foi mínima, porém a ideia de Jamil de espalhar a máquina da chuva para outras comunidades preocupava.
Não demorou muito, que Jamil ao iniciar pela manhã os trabalhos no reator, juntamente com outros engenheiros e técnicos, recebesse a visita de vários Drones. Com não possuíssem armas, tudo foi destruído, usina, homens, o próprio Jamil e os estudos realizados.
O Maior jornal da Metrópoles escreveu em editoria: MUITO JUSTO
                                                                                              NINGÉM ROUBA AS TEMPESTADES DO
                                                                                                             OCEANO
E o deserto voltou a ocupar seu espaço.
18/01/2015

Tony-poeta

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