O ROUBO DAS TEMPESTADES.
Num Oasis muito
pequeno perdido em um imenso deserto nasceu Jamil. Possuidor de uma inteligência
privilegiada, na verdade era um gênio.
Assim que entrou na adolescência
foi estudar em Países desenvolvidos tornando-se doutor e, com a aplicação do
dinheiro que ganhava ficou milionário.
Preocupado com seu
povo e com os demais povos abandonados do deserto começou a pesquisar uma
maneira de levar água para aquela distante região. Estudou muito e descobriu
que não se tratava de falta de ventos, estes eram abundantes e revoltos. Concluiu
que era o eletromagnetismo, que ausente não atraia as nuvens.
Conclusão assumida,
fez um reator eletromagnético no trajeto do vento perto do Oasis e do seu
povoado. A conclusão foi correta, começou a chover três vezes por semana.
A chuva no deserto,
onde a areia mineral não tem matérias orgânicas não permitia a agricultura.
Como vida se alimenta de vida, não importa se viva ou morta, havia necessidade
de colocar matéria viva na área das chuvas, uma grande área, por sinal.
Por meio de
associações de defesa ecológica, conseguiu transportar para a região as folhas
caídas no outono das regiões do outro lado do mar. A colocação da matéria em
decomposição, mais a água do invento permitia a agricultura. Nesta época a
região já possuía inúmeras cisternas para abastecimento e duas represas
suficientes para a lavoura, isto aproveitando as irregularidades do terreno.
A lavoura foi um
sucesso. Duas colheitas ao ano. Além de abastecer a comunidade, iniciar a
criação de vacas leiteiras para melhorar a alimentação de seu povo, ainda tinha
importante excedente.
Começou a comerciar
o milho e a soja das colheitas com os povos da vizinhança, por um preço
razoável, com um lucro honesto, ajudando a minorar a penúria das pessoas
abandonadas ao clima e ignoradas pela sociedade desenvolvida.
A Bolsa de
Mercadorias de Futuro nas Metrópoles sentiu a concorrência e apresentou pequena
queda nos dois itens, a saber: milho e soja. A queda realmente foi mínima,
porém a ideia de Jamil de espalhar a máquina da chuva para outras comunidades
preocupava.
Não demorou muito,
que Jamil ao iniciar pela manhã os trabalhos no reator, juntamente com outros
engenheiros e técnicos, recebesse a visita de vários Drones. Com não possuíssem
armas, tudo foi destruído, usina, homens, o próprio Jamil e os estudos
realizados.
O Maior jornal da
Metrópoles escreveu em editoria: MUITO JUSTO
NINGÉM ROUBA AS TEMPESTADES DO
OCEANO
E o deserto voltou a
ocupar seu espaço.
18/01/2015
Tony-poeta
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