FRIBOI E A AULA DE
PROPAGANDA.
Na
campanha para Presidente da República do ano passado, as costumeiras calunias
aos adversários não foram diferentes. É uma tradição política, pelo menos em
nosso País.
Um dos
boatos espalhados foi que o filho do Lula era dono da Friboi. Apesar de
mentiras contra o Ex- Presidente e sua família serem rotineiros desde a
primeira eleição que o mesmo participou esta reacendeu a onda de debates,
agressões e acusações entre a direita e esquerda. Finalmente o filho de Lula
entrou na justiça, dado que havia calunia, difamação e danos morais e foi
acatado, os autores dos boatos indiciados e esta onda parou.
Para a
Friboi ter seu nome associado a um ilícito político não serei a melhor referência.
Caso o proprietário da referida firma chegasse a televisão e falasse:
- Sou o
Dono da Friboi,
A resposta
do público seria:
- E daí?
Um comercial
da firma com todos detalhes seria pouco atrativo, além de custoso. Por outro
lado, o nome da empresa nas redes sociais e ocasionalmente na imprensa por pelo
menos dois meses apresentava uma ótima oportunidade de fixação de marca. Um
processo sempre caro e de difícil resultados.
Foi pensando
em dissolver o impacto do boato e fixar a marca que norteou a estratégia.
Inicialmente
a esposa do dono da Empresa, uma apresentadora de jornal televisivo, concedeu
uma entrevista em um programa de fofocas de artistas. Não assisti, mas os
comentários que correram no meio de meus conhecidos foi que era um festival de
futilidades, alguns cronistas políticos ironizaram a moça.
Em resumo:
a mesma dizia que não sabia o preço de nada, não se preocupava com dinheiro e
nem o manuseava e era esposa do dono da Friboi. Isto no imaginário popular que
dizer que: é uma firma tão boa, onde o dinheiro
sai pelas torneiras e, aquele não utilizado pode ir para o ralo sem fazer
nenhuma falta. Ou seja, uma empresa sólida. A aparente futilidade tinha uma mensagem
bem dirigida.
Mudado o
foco dos comentários, apareceu na televisão um comercial, onde Roberto Carlos,
vegetariano convicto, afirmava que passara a comer a carne da Friboi. Aberto
novo foco de matar ou não animais, trazia subentendido que “a carne é tão boa
que até vegetariano come”.
Com os
dois focos correndo de boca em boca e indiretamente elogiando o produto foi
feito o arremate:
Tony
Ramos, um artista conhecido pela postura ética e confiável atestou:
- Em casa
só se consome Friboi.
Realmente
uma jogada de mestre. Parabéns a equipe de propaganda.
25/01/2015
Tony-poeta
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