O BAILAR DAS ILUSÕES.
Se a vida vem da
morte,
Assim diz toda ciência,
Sou um morto que
vive.
Um dia retornarei
Aos campos que já
conheço.
Se sou feito de
morte
O mundo vivo é
estranho.
Esperar o quê?
Só resta o riso e a
dança
Embalados em
turbilhões
Alucinados,
Buscando um gozo
ignorado.
As cadeias de
melodia
Que tentam a vida
embalar
Tem um céu de
serpentinas,
Luzes vibrantes a
marcar
E na chuva de
confetes
Que caem em profusão
Aderem aos corpos de
purpurina
Prendem-se as tetas que
cadenciam
O corpo dourado e
sarado
Que desfilam
bailarinas.
No mais frenético
bailado
A aguardente
evapora,
Busca-se o gozo da
vida,
Tímido de início,
depois confiante
Também rodopio
A vida é rodopiar
Pelo salão de
ilusões
Até à morte voltar
11/11/2014
Tony-poeta
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