terça-feira, 11 de novembro de 2014

O BAILAR DAS ILUSÕES - poema -



O BAILAR DAS ILUSÕES.


Se a vida vem da morte,
Assim diz toda ciência,
Sou um morto que vive.
Um dia retornarei
Aos campos que já conheço.

Se sou feito de morte
O mundo vivo é estranho.

Esperar o quê?
Só resta o riso e a dança
Embalados em turbilhões
Alucinados,
Buscando um gozo ignorado.

As cadeias de melodia
Que tentam a vida embalar
Tem um céu de serpentinas,
Luzes vibrantes a marcar
E na chuva de confetes
Que caem em profusão
Aderem aos corpos de purpurina
Prendem-se as tetas que cadenciam
O corpo dourado e sarado
Que desfilam bailarinas.

No mais frenético bailado
A aguardente evapora,
Busca-se o gozo da vida,

Tímido de início, depois confiante
Também rodopio
A vida é rodopiar
Pelo salão de ilusões
Até à morte voltar

11/11/2014

Tony-poeta

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