quinta-feira, 25 de setembro de 2014

PERNILONGO ALUCINADO - crônica poética.



PERNILONGO ALUCINADO.


Um pequeno inseto saiu da mata próxima, perdido na noite buscava a luz. Pequeno demais a luz o ofuscava, não sei o que pensava, certamente sonhos de grandezas cercavam este inseto voador.
Ele, na luz se queima, cai. Mas volta tentar, tenta se queima e cai. Persiste até que suas asas não mais baterem. Desfalece alucinado pela luz onde vê o poder.
Ele, dono da própria vida, transmissor de genes que persistem a minúscula espécie, impotente tentou se apossar da luz imponente que o fará maior, num delírio de grandeza, sucumbiu tentando até o ultimo bater das asas, ser o senhor.
Quem sabe neste mundo louco de nosso planeta, se as árvores tivessem pernas enterrariam seus frutos no melhor solo. Buscariam a melhor terra, a umidade necessária e lá fariam a multiplicação para reinar na floresta.
Também o humano determina sua vida, Escolhe a terra onde assentará sua moradia, trabalha para construir e transformar, usa o trabalho como motivo da vida incessantemente, só por ele pode os genes perpetuar.
Alucinado, como o inseto suicida, que morreu na luz pensando continuar a vida, criou a moeda. As guerras se sucedem e a morte impera, nuvens de dor varrem a terra, mesmo assim continua a trabalhar na busca do falso ouro metálico, criado no delírio de grandeza que impede a clareza de o amor procurar.

25/09/14
Tony-poeta.


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