quarta-feira, 20 de agosto de 2014

PATUÁ


PATUÁ


 

Quero um cata-vento

Para agarrar meu tempo

Um tempo que é só meu

E, quando o correr do vento,

Quero o vento aprisionado

Esconder em meu relicário

Dos sonhos que não se viveu.

 

Se sonhos passam

Como o vento!

Correm no desalento

Passam breves e não são meus,

Quero o vento solitário

No peito do poeta triste

Colado num patuá,

Só meu!

Com o vento em meu pescoço

Quero ao entrar no sono

Poder dizer:

É meu!

 

20/08/14

Tony-poeta

 

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