sexta-feira, 25 de julho de 2014

NARCISO


NARCISO.


                                                     

                                     O que se ama é na verdade, uma imagem se si mesmo. Freud 1914

 

“Espelho meu, espelho meu,

Há alguém mais belo do que eu”

Só eu me amo,

Esta é a vida...

O que não sou me devassa

Pois em mim perpassa

A dor doida

Do estranhamento.

 

Jogo de espelhos

Onde me olho

Mas é em teus olhos

Que me acalento.

Se foges:

Como Narciso

Choro ao relento

A morte da irmã

Gêmea amada.

Busco a fonte

Desesperado

Onde afago

Meu fogo e meus anseios

Na minha imagem

Fugindo

E você.

Meu espelho

Abraça-me

Vejo-me em teus olhos

Para mim sorrindo

E afogo-me de amor,

Eterno desejo.

 

25/07/14

Tony-poeta

 

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